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domingo, 10 de maio de 2009

Miss Brasil 2009

Primeiramente devo falar a verdade: não vi o programa inteiro porque ia acabar quinze pra uma da madrugada e nos domingos tenho que acordar cedo.

Depois dessa observação digo meus comentários...

Bom, eu vejo praticamente todos os anos o Miss Brasil e já faz uns anos que escuto o mesmo comentário de pessoas diferentes: "Na minha época o Miss Brasil fazia muito sucesso, parava todo o Brasil para poder ver, a cidade inteira comentava... Hoje ninguém mais dá importância". E isso é verdade, concorda? Eu tenho uma dúvida: sempre passou na Band ou antes era em outro canal?? Bom, não sei, só sei que quando eu era criança as pessoas davam muito mais importância pra esse concurso... Sei que, de certa forma, é uma futulidade, mas acho que mesmo não sendo de grande importância no âmbito econômico e social devemos dar uma parcela do nosso tempo para esse concurso.

Tudo bem que tem muita enrolação, tem que ver as vinte e sete mulheres de traje de gala, depois as vinte e sete de biquini para então escolhar as quinze finais... Só aí deu uma hora e haja paciência... Depois sei que tem traje típico, sem falar da miss simpatia (que na minha opinião deveria ser a mais feinha, só para ela não ficar triste), mostra as misses no spa e mó perda de tempo! E não podemos esquecer que na hora do traje de gala tem que falar das pedrarias, jóias, tecidos, seda manchado, bibibi, bóbóbó... Acho que descobri porque não tem mais tanta aundiência... Afinal, é tão... LEGAL! Cruzes!

Só sei que eu não posso ser miss porque não tenho altura, e mesmo que tivesse, só depois de um regiminho básico!




Ah! E se caso você queira saber, quem ganhou foi a miss Rio Grande do Norte... Raro, né? Uma nordestina bonita?! Hahahahahhah! Brincadeirinha, tem a Ivete Sangalo e a Cláudia Leitte que provam que nordestina bonita existe!!!! Mas eu não posso falar nada... Caiçara bonita também é raro!




Obrigada pela atenção dispensada...

terça-feira, 7 de outubro de 2008

O homem que tem humildade, visão e não tem medo de arriscar.


Aos 33 anos Cassius foi gerente do McDonald’s, hoje é dono de um famoso boteco e quer abrir mais dois restaurantes na orla do rio da sua cidade natal.

Disciplina, foco, concentração, flexibilidade, e antes de tudo, considerar mais o serviço ao preço, foi o que Cassius Marcelus Luiz Conte aprendeu durante os 10 anos que trabalhou no McDonald’s. Seu nome era para ser Cassius Marcelus Clay Luiz Conte, igual ao boxeador, mas sua mãe argumentou com seu pai “tira o Clay porque quando esse moleque tiver um pouco mais velho, esse Clay vai virar um gay”, então resolveram tirar para as outras crianças não tirarem sarro dele. Nasceu em Presidente Epitácio - divisa de São Paulo com Mato Grosso do Sul - onde seus pais e sua irmã moram até hoje; mas já morou no Rio de Janeiro, com os pais; em Presidente Prudente, onde fez dois anos de direito; Bauru, Araçatuba, nessas duas cidades trabalhou pelo McDonald’s; e hoje reside em Santos, onde tem um bar, restaurante, boteco – o que preferir – chamado Perto da Praia. Com um estilo havaiano e descontraído, igual ao dono, o Perto da Praia serve, em média, 150 refeições diariamente na hora do almoço, e nas noites do fim de semana atende à galera jovem santista. Também chamado de “paraíba” ou “baianinho”, Cassius tem esses apelidos, “paraíba pela minha autenticidade”, pois quando chegou em Santos seus colegas do McDonald’s chamavam ele de paraibano, baiano só porque gostava de música sertaneja, Bruno e Marrone e Zeca Baleiro, que na época não faziam sucesso, “Zeca Baleiro é legal pra caramba!” dizia, mas não paravam de tirar sarro dele, até que um dia, na frente de todos, perguntou ao Nivaldo, dono do McDonald’s se ele conhecia Zeca Baleiro, e a reação de Nivaldo foi tirar um CD do artista do mochila, Paraíba não se agüentou de felicidade, perguntou para os colegas quem era o baiano, o paraíba, que gostava de música ruim, mas seus colegas não falaram nada depois que o alemão, Nivaldo, disse para os funcionário que eles precisavam se “aculturar um pouco mais”, Pará – de paraíba – conta que foi uma das noites que ele dormiu mais feliz.
“Minha mãe não consegue lembrar o último dinheiro que ela me deu”, relembra da infância que acabou cedo, pois com doze anos já trabalhava em um fábrica de cintos. Quando era criança queria ser o Sílvio Santos, “eu sempre tive um foco pra essa veia”, referindo-se ao bom relacionamento que tem com as pessoas, com o público. Viaja bastante para terra natal, e tem planos para lá, quer abrir dois restaurantes em Presidente Epitácio, chamados “Orlinha, porque é na orla do rio”.
Enquanto era entrevistado, Paraíba não tirava atenção do negócio, “vê se o freezer da Itaipava ta ligado, Marcão!”. Descontraído, irreverente, que só conhecendo para entender, “sempre fui porra-loca”. Arrisca no futuro, os outros podem até chamá-lo de louco ou visionário, “a linha da genialidade e da loucura é a mesma, se deu certo, você é gênio, se deu errado, louco”. Aos 33 anos trabalha no boteco de manhã e a tarde, de noite estuda, está no último ano no curso de Recursos Humanos, “no meu TCC... ele é sobre o seguinte... tô montando uma empresa de consultoria na área gastronômica, com ênfase em gestão de pessoas”. Em relação ao seu negócio: “Eu tô com 19 funcionários, um botequinho desse com 19 funcionários? Tá louco? É gente pra porra!”, mas investe em cada um deles, “ontem eu tive a Anvisa aqui” para dar um curso pros empregados, “legal o curso... um monte de coisa que a gente fazia errado, agora não faz mais”, diz Marcão, um dos funcionários. “Sabe o livro O corpo fala? De linguagem corporal? Eles estão lendo para atender melhor o cliente”, assim é que se “ganha a consciência do cara”, referindo-se aos funcionários. Diz também que em cinco meses quer incluir um plano de saúde para os funcionários.
No meio da entrevista, ao lembrar das Olimpíadas, aponta para Marcão: “Brasil e Estados Unidos, você ta aonde? Liga (a TV) aí, medalha de prata”. Sempre de bom humor, trata bem a todos, não importa a classe social, escolaridade, idade, nada, pra ele todos são iguais, ninguém deve ser tratado melhor que ninguém. Pará ainda tem muitos planos, quer reformar o Perto da Praia, montar dois novos botecos, casar, ter filhos, mas ainda “to trabalhando pra isso... eu não quero ter um filho, eu quero ser pai, essa é a diferença... o dia que eu me tornar pai, eu vou puxar o freio e vou ser pai”, para ser um pai presente. Paraíba ama o que faz, já ouviu muitas histórias de pessoas que passaram por ele; pra ele, “boteco é uma filosofia do mundo”.




Esse perfil fiz para um trabalho da faculdade, sei que tem muito a melhorar, mas aos poucos consigo...


Obrigada pela atenção dispensada...

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Medo pra quê??

01/10/08 - 16:30h - Rua Hungria, 888
Eu e mais duas amigas esperando pra entrevistar, as 17h, o jurista Manuel Alceu Affonso Ferreira para uma matéria da faculdade sobre a Lei de Imprensa. Não sei qual das três tremia mais, afinal o tal entrevistado é apenas o dono da Manuel Alceu Affonso Ferreira Advogados, advogado do Pelé, Ana Paula Padrão e diversos famosos, membro-suplente do Conselho de Comunicação Social, e já fez um monte de coisas que você ficaria cansado só de ler, mas caso seja curioso, clica no nome dele aqui. Sem contar que já era a segunda vez que estávamos lá, porque na primeira chegamos uma hora atrasadas (simplismente porque fomos de ônibus, pegamos o ônibus errado e o cobrador falou pra descermos num lugar, que depois fomos descobrir, ficava a 3 km da tal Rua Hungria) e tivemos que marcar para outro dia!

Bom, o Doutor Ferreira foi super simpático, falou um monte de coisas legais, apresentou toda a família que estava nos muitos portas-retratos do "humilde" escritório dele, deu um dvd do programa que a mulher dele faz pra sei lá qual canal com um cara que é a favor de uma nova Lei de Imprensa, e também deu um cd de uma cantora chamada Cida Moreira que gravou várias músicas do Cartola! Pena que ele deu o cd pra minha amiga, só porque ela disse que era fã do Cartola, eu não sou fã, mas o cd que ele deu parecia fantástico!

Fiquei impressionada com a simplicidade do Doutor, contou várias histórias da vida dele, ficamos uma hora conversando-entrevistando, nos levou até o elevador, e está disposto a dar um palestra na faculdade sobre o direito no jornalismo!

Depois que fizer a matéria e meu professor corrigir, eu coloco ela aqui!


É... Pra você ver, esperávamos um senhor pomposo, carrancudo e arrogante e vimos um senhor que gostaria muito que fosse meu avó!


Obrigada pela atenção dispensada...

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Cemitério da Consolação

Semestre passado na faculdade tive que fazer uma matéria sobre pessoas invisíveis, sabe aquelas pessoas que ninguém repara no meio da rua, tipo lixeiro, mendigo e talz? Então, era sobre isso, e eu escolhi entrevistar um coveiro, afinal todo mundo está nem aí para ele! Como moro perto do Cemitério da Consolação fui lá numa manhã de sol com um caderninho de anotações e uma câmera fotográfica e fui atrás do coveiro. Fui lá na secretaria ver se as pessoas sabiam onde ele estava porque eu não iria ficar procurando alguém com cara de coveiro no cemitério que é gigante e também dá um pouco de medo. Para minha surpresa eu deveria marcar uma entrevista na assessoria de imprensa da prefeitura para poder falar com o coveiro! Quanta burocracia, só queria falar com o coveiro, assim parecia que eu só ia falar mal da administração! Bom, liguei para assessoria que disse que eu tinha que mandar um e-mail especificando tudo, de que faculdade que eu era e quais eram as perguntas! Fiz isso e o mais legal foi que o e-mail retornou para minha caixa de entrada, mandei vários outros e todos retornaram, liguei para lá e a mulher disse para eu tentar de novo, tentei e consegui! Mas o melhor foi que eles não me retornaram, e como boa brasileira que sou, tinha deixado pra fazer tudo na última hora! Bom, no fim não consegui e tive que enrevistar um coveiro do cemitério de Santos! Na verdade foi bem mais legal, minha mãe e o marido dela foram comigo e quando eu cheguei lá o coveiro estava fazendo a exumação de um corpo, aí ele me mostrou o canela da defunta, o crânio... tudo podre! Aí na foto tá ele segurando o crânio! Hahahaha!





Ah! E depois que eu já tinha dado a matéria pra professora eu recebi o e-mail da assessoria falando que tudo bem de eu entrevistar o coveiro!





Mas na verdade eu só estou dizendo isso porque esse semestre eu vou ter que fazer uma matéria sobre o cemitério da Consolação, porque esse ano ele faz 150 anos e lá tem um monte de obras de arte! Pois é, se não der certo dessa vez não vai dar pra fazer em Santos não, porque a matéria é sobre o cemitério da Consolação!!!!! Mas agora estou mais precavida, já mandei o e-mail pra assessoria e não falei que ia fazer uma matéria, disse que queria fazer uma visita ao cemitério! Pois é, lá tem visita monitorada para mostrar as obras de arte e os túmulos dos famoso! Bom, espero que eles me enviem a reposta rápido, né?!





Caso você queira ler a matéria que fiz do coveiro, está aqui:





Profissão mórbida também passa de pai para filho.



Há muitas profissões que passam de geração em geração, mas uma delas é pouco visada e é pequeno o número de pessoas que se disponibilizariam para tal vaga. Iberaldo Batista de Santos, 41 anos, aprendeu com o pai a profissão que exerce hoje, é coveiro do cemitério do Paquetá, em Santos, litoral de São Paulo. Quando criança ajudava o pai, gostou da brincadeira, fez uma prova para o cargo, e hoje é coveiro há 22 anos, seis deles trabalhou no cemitério do Saboó, também em Santos e os outros 16, no cemitério que trabalha atualmente. Na família Batista de Santos todos seguiram a mesma linha ao escolher uma profissão, os irmãos de Iberaldo trabalham num ramo similar ao dele, um deles é marceneiro, faz caixões, e o outro trabalha como jardineiro do mesmo cemitério que Iberaldo. “Adoro a profissão que tenho” diz Iberaldo, no cemitério do Paquetá há três ou quatro enterros por mês, pois já está lotado, só há enterro quando morre algum membro das famílias que possuem sepulcros no cemitério ou quando a gaveta já está reservada, mas o seu cliente está vivo. Iberaldo conta orgulhoso que enterrou Mário Covas e que muitas pessoas vão visitar o túmulo do governador do Estado de São Paulo, além disso, conta a história de Renata Condi, famosa pelo “crime da mala”, conta-se que ela foi assassinada e esquartejada e seu corpo estava sendo exportado do país pelo porto de Santos dentro de uma mala, mas viram sangue escorrendo e descobriram o crime, Iberaldo foi quem fez seu sepultamento. Muito simpático e falante, o coveiro disse que hoje em dia não se encontra mais dente de ouro quando vão tirar os ossos do caixão após anos do enterro, isso porque quem retira o dente de ouro do defunto é o IML, fala que não se encontra mais cabelo nas sepulturas com tanta freqüência quanto antigamente, ao contrário do que se imagina, porque ele se decompõe quando foi muito tingido, e hoje, a maioria das pessoas pintam o cabelo. Ao perguntar se é ignorado pelas pessoas que visitam o cemitério, Iberaldo afirma que, normalmente, as pessoas dão “bom dia!”, mas tem algumas “famílias de nariz empinado”, como disse ele, que não notam a presença dele, seu ex-chefe, denominado “Russo” era uma dessas pessoas que não olhava na cara dele, foi necessário que Iberaldo fosse até ele e se apresentasse como coveiro do cemitério, pois se dependesse de “Russo”, eles nunca iriam se falar. Relembrando da infância, comenta dos momentos em que ele e o irmão, Valcure Batista de Santos, varriam o cemitério junto com o pai de madrugada, eles tinham oito ou nove anos e ficavam com muito medo pois tinham que andar sozinhos pelo cemitério três, quatro horas da madrugada, e, para piorar, os gatos faziam barulho, o que assustava ainda mais. Iberaldo pretende se aposentar como coveiro, “Não tem como arranjar outro emprego, todos têm muita fila” diz ele, que está feliz com a profissão que tem, afinal, quem visita o cemitério do Paquetá sabe que este se assemelha mais com um jardim do que com um cemitério.