terça-feira, 2 de setembro de 2008

Cemitério da Consolação

Semestre passado na faculdade tive que fazer uma matéria sobre pessoas invisíveis, sabe aquelas pessoas que ninguém repara no meio da rua, tipo lixeiro, mendigo e talz? Então, era sobre isso, e eu escolhi entrevistar um coveiro, afinal todo mundo está nem aí para ele! Como moro perto do Cemitério da Consolação fui lá numa manhã de sol com um caderninho de anotações e uma câmera fotográfica e fui atrás do coveiro. Fui lá na secretaria ver se as pessoas sabiam onde ele estava porque eu não iria ficar procurando alguém com cara de coveiro no cemitério que é gigante e também dá um pouco de medo. Para minha surpresa eu deveria marcar uma entrevista na assessoria de imprensa da prefeitura para poder falar com o coveiro! Quanta burocracia, só queria falar com o coveiro, assim parecia que eu só ia falar mal da administração! Bom, liguei para assessoria que disse que eu tinha que mandar um e-mail especificando tudo, de que faculdade que eu era e quais eram as perguntas! Fiz isso e o mais legal foi que o e-mail retornou para minha caixa de entrada, mandei vários outros e todos retornaram, liguei para lá e a mulher disse para eu tentar de novo, tentei e consegui! Mas o melhor foi que eles não me retornaram, e como boa brasileira que sou, tinha deixado pra fazer tudo na última hora! Bom, no fim não consegui e tive que enrevistar um coveiro do cemitério de Santos! Na verdade foi bem mais legal, minha mãe e o marido dela foram comigo e quando eu cheguei lá o coveiro estava fazendo a exumação de um corpo, aí ele me mostrou o canela da defunta, o crânio... tudo podre! Aí na foto tá ele segurando o crânio! Hahahaha!





Ah! E depois que eu já tinha dado a matéria pra professora eu recebi o e-mail da assessoria falando que tudo bem de eu entrevistar o coveiro!





Mas na verdade eu só estou dizendo isso porque esse semestre eu vou ter que fazer uma matéria sobre o cemitério da Consolação, porque esse ano ele faz 150 anos e lá tem um monte de obras de arte! Pois é, se não der certo dessa vez não vai dar pra fazer em Santos não, porque a matéria é sobre o cemitério da Consolação!!!!! Mas agora estou mais precavida, já mandei o e-mail pra assessoria e não falei que ia fazer uma matéria, disse que queria fazer uma visita ao cemitério! Pois é, lá tem visita monitorada para mostrar as obras de arte e os túmulos dos famoso! Bom, espero que eles me enviem a reposta rápido, né?!





Caso você queira ler a matéria que fiz do coveiro, está aqui:





Profissão mórbida também passa de pai para filho.



Há muitas profissões que passam de geração em geração, mas uma delas é pouco visada e é pequeno o número de pessoas que se disponibilizariam para tal vaga. Iberaldo Batista de Santos, 41 anos, aprendeu com o pai a profissão que exerce hoje, é coveiro do cemitério do Paquetá, em Santos, litoral de São Paulo. Quando criança ajudava o pai, gostou da brincadeira, fez uma prova para o cargo, e hoje é coveiro há 22 anos, seis deles trabalhou no cemitério do Saboó, também em Santos e os outros 16, no cemitério que trabalha atualmente. Na família Batista de Santos todos seguiram a mesma linha ao escolher uma profissão, os irmãos de Iberaldo trabalham num ramo similar ao dele, um deles é marceneiro, faz caixões, e o outro trabalha como jardineiro do mesmo cemitério que Iberaldo. “Adoro a profissão que tenho” diz Iberaldo, no cemitério do Paquetá há três ou quatro enterros por mês, pois já está lotado, só há enterro quando morre algum membro das famílias que possuem sepulcros no cemitério ou quando a gaveta já está reservada, mas o seu cliente está vivo. Iberaldo conta orgulhoso que enterrou Mário Covas e que muitas pessoas vão visitar o túmulo do governador do Estado de São Paulo, além disso, conta a história de Renata Condi, famosa pelo “crime da mala”, conta-se que ela foi assassinada e esquartejada e seu corpo estava sendo exportado do país pelo porto de Santos dentro de uma mala, mas viram sangue escorrendo e descobriram o crime, Iberaldo foi quem fez seu sepultamento. Muito simpático e falante, o coveiro disse que hoje em dia não se encontra mais dente de ouro quando vão tirar os ossos do caixão após anos do enterro, isso porque quem retira o dente de ouro do defunto é o IML, fala que não se encontra mais cabelo nas sepulturas com tanta freqüência quanto antigamente, ao contrário do que se imagina, porque ele se decompõe quando foi muito tingido, e hoje, a maioria das pessoas pintam o cabelo. Ao perguntar se é ignorado pelas pessoas que visitam o cemitério, Iberaldo afirma que, normalmente, as pessoas dão “bom dia!”, mas tem algumas “famílias de nariz empinado”, como disse ele, que não notam a presença dele, seu ex-chefe, denominado “Russo” era uma dessas pessoas que não olhava na cara dele, foi necessário que Iberaldo fosse até ele e se apresentasse como coveiro do cemitério, pois se dependesse de “Russo”, eles nunca iriam se falar. Relembrando da infância, comenta dos momentos em que ele e o irmão, Valcure Batista de Santos, varriam o cemitério junto com o pai de madrugada, eles tinham oito ou nove anos e ficavam com muito medo pois tinham que andar sozinhos pelo cemitério três, quatro horas da madrugada, e, para piorar, os gatos faziam barulho, o que assustava ainda mais. Iberaldo pretende se aposentar como coveiro, “Não tem como arranjar outro emprego, todos têm muita fila” diz ele, que está feliz com a profissão que tem, afinal, quem visita o cemitério do Paquetá sabe que este se assemelha mais com um jardim do que com um cemitério.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Browser para crianças autistas

Mesmo tendo bastante textos para ler para a faculdade eu fico fuçando notícias na internet, na sua maioria não muito interessantes!

Estava vendo que o Google vai lançar um navegador de internet e quando terminei de ler a nótícia vi aqueles links que se relacionam com a matéria acima, sabe? Isso faz você fuçar mais ainda... Mas então, nesses links vi que um vovô fez um navegador de internet pro seu neto que é autista e achei isso super legal! Lá na matéria explica tudo, veja aqui. Eu só achei que faltou o lugar onde o vovô mora, porque eu aprendi que a matéria tem que ter o lide: o que, quando, como, por que, quem e onde. Mas nesse caso eles não colocaram o onde, mas tudo bem porque pra mim isso não faria diferença.

Então, é só isso, achei muito legal mesmo esse vovô e a iniciativa que ele teve, ainda mais porque você pode baixar esse programa de graça!

Bom, meu momento de descontração acabou e tenho que ler os meus textos!

Obrigada pela atenção dispensada...